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sábado, maio 03, 2008

Pirotecnia

Usando de um sensacionalismo de mau gosto, a imprensa tem ganhado muito (e faturado com publicidade) com a exploração dos acontecimentos que se referem à morte da garota Isabela Nardoni. O caso está sendo noticiado em todo o país, e toda a imprensa está envolvida na divulgação dos fatos. Além de vir com a desculpa de que está informando o público, e o caso acaba por ter um "q" de entretenimento quase novelístico.
A imprensa se valendo de exageros, influencia de forma tal, que muitas vezes induz e direciona a opinião pública a formar juízo em relação ao caso, antes mesmo da elucidação completa dos fatos. Divulgando entrevistas e depoimentos não-oficiais, confunde a população que anda ávida por mais e mais notícias sobre o acontecido. A imprensa mais atrapalha do que ajuda.
Além do que, há ainda a polícia dando o veredicto antecipado, sendo que a história ainda tem muito furos, muitos fatos desencontrados, muitos fatos obscuros, o que ainda impossibilita conclusões.
Ahhhh quanta pirotecnia(como escreveu o Dom) ...
No nosso pais várias pessoas morrem de maneiras tão ou mais trágicas que esta garota, e ninguém noticia isso. Não, não estou tirando a gravidade do caso da menina Isabela. Mas ninguém liga pra aqueles que morrem todos os dias nas periferias, no meio de tiroteios nos morros, em acidentes nas BR's mal cuidadas em todo o país... Viram apenas números.

10 comentários:

Guilherme N. M. Muzulon disse...

mas, isa dora, tudo o que acaba é para ser mesmo esquecido? não pode ser feita alguma recordação boa, ou construída uma recordação boa, mesmo que tal paixão romanesca inconsequente não tenha sido algo bom?

Guilherme N. M. Muzulon disse...

olha só:

e se todas as verdades sofressem contradição ao mesmo tempo?

e se um hábito, uma convenção, uma tradição fosse abalada infinitas vezes até se tornar outra tradição e novamente fosse abalada, destruída, re-desenhada incontáveis vezes ao tempo de uma só vida e uma só geração?

e se a proposta inicial de graduar todas as coisas, concretas e abstratas, relacionando-as entre si, até um grau infinito que só desse a impressão de nunca ter saído do zero?


- talvez isso tudo crie um personagem desestimulante.

Anônimo disse...

ela tá perdendo ibope, a moda agora é o austríaco taradão. e depois dele aparecerá uma nova atração. plim-plim!

Anônimo disse...

é,é... eles viram números. E números são tão estáticos.
Texto bom, muito bom Dora! Tava com saudade dos seus textos!
Um beijo(q não vire nº)

Polly disse...

Os únicos números que importam são os da conta bancária.




-Infelizmente-

Estelar disse...

Concordo. Todos os dias existem vítimas de violência macabra.

Abração!

Éverton Vidal Azevedo disse...

Também estou odiando esse joguinho da mídia, com todo esse sensacionalismo besta, e todas aquelas pessoas com cartazes querendo aparecer na tv. Odeio globo, record e o resto... Pouca coisa salva.

Isa quer dizer que é assim é? Vocês voltam a postar e nem avisam? :P

Bj!
Inté!

Lucas disse...

E por essas e outras que de TV eu gosto é dos - por enquanto - desenhos animados que ainda passam por aí. (falo dos antigos claro. Nada desses em 3d cheios de efeitos e cores que dão de cabeça.) A exemplo: pica-pau.

:D

L.

Estelar disse...

Obrigada. Sim, os ônibus aqui são cheios de baleiros, entram vários em uma só viagem. Como emprego tá difícil, trabalho não falta.

Bjão e grande abraço!

:)

Nubia de Léo disse...

Retribuição da visita.
Concordo com seu texto sim!
Mas infelizmente esse é o mundo medíocre em que vivemos...
Enquanto milhões de pessoa morrem com coisas até mais bizarras do que a morte de Isabela Nardoni e passa-se despercebido, invisível... pq são pobres, não tem nível superior e a opinião pública não se importa também. Enfim... aff!!!
Não escrevo naquele blog, sou dona só do pudim e quando quiser passar p expiar, seja sempre bem vinda.
Beeeijo!!!